domingo, 16 de junho de 2013

Pintura da Nina



Entre tantas lembranças que fiz da Nina, aquelas que ficaram aqui em casa e marcam a presença dela ainda conosco, está um lindo quadro feito pela Andrea Carvalho.
Se não me engano, foi pintado muito rápido (em uma semana) e em giz pastel.

Ficou lindo, muito real.
Ficou pronto em 23 de abril. Mas ainda não mandei moldurar (aquele probleminha de dinheiro), mas tá enroladinho, bem guardadinho. Esperando a oportunidade de exposição.

Bem, eu falei para a Andrea tirar fotos para colocar a evolução da pintura aqui no Blog.

Demorou, mas tá aí.

Obrigada Andrea. Você a pintou tão linda quanto realmente ela era. E eu fiquei muito feliz.




Lá se vão cinco meses... e a dor não passa!

Hoje faz cinco meses que a nossa menina pequenina nos deixou.
Ela ainda faz muita falta.
Até deu para se acostumar já, mas mesmo assim... tudo que falamos, fazemos, onde vamos, lembramos do nosso amado bicho.

Eu andava muito deprimida e transtornada. Aos finais de semana era pior, porque eu não precisava acordar correndo para ir trabalhar. Então, acordava e ficava rolando na cama, uma ou duas horas, pensando. Tentando me conformar.

Na verdade, eu sei que fiz tudo por ela. Que não tive culpa de nada. Se errei em algumas escolhas, também não foi culpa minha, mas sim dos profissionais incompetentes escolhidos.

Era isso que me transtornava. O desejo de justiça, de fazer alguém pagar por tudo que fizeram a ela e, é claro, a mim.

Eu só pensava em processar. Mas, sei que me faltam provas... não adianta entrar com um processo sem provas. E eu não as juntei durante todo o tempo da doença. Primeiro, porque não imaginei que ela fosse morrrer (ninguém imaginava). Segundo, muito menos que eu teria de processar alguém, que a minha menina pequenina perderia a vida por negligência e, com o atestado de óbito, ficou certo que ela tinha um tumor no cérebro. Doença nunca diagnosticada e jamais tratada. Ela foi tratada para tudo, menos para isso.

Enfim, eu não tenho provas de tudo isso que os médicos me falaram. Até tenho testemunhas em alguns momentos, que não fui sozinha ao Hospital. Mas, por exemplo, a causa da morte eu nunca vou poder provar. Isso não consta na necropsia. E ela morreu de parada cardíaca provocada por uma pneumonia fulminante que, segundo as veterinárias lá no dia, me disseram (uma falou e a outra tentou esconder), ela teve a pneumonia por causa que se engasgou. Isso que eu avisei, pedi tanto que cuidassem, porque ela tinha dificuldade para comer, teria de receber a comida na boquinha, pedacinho por pedacinho. Eu, como mãe, chegava levar 45 minutos até dar tudo para ela. Mas, lá no hospital, devem ter deixado em um potinho e, ela sempre esganada de fome e com dificuldade para comer, foi com "muita sede ao pote" e se engasgou.

Mas, enfim... eu só tenho os exames em casa (cópias dos de sangue, porque eles não dão o original), as radiografias e tomografia eu tenho em casa. O prontuário todo eles também não deram, mas posso ir lá buscar. A necropsia ainda não fui pegar porque tem de pagar.... e não me sobrou um pila sequer depois de tanta despesa (mas eu vou lá buscar sim! até tenho de saber se tem prazo!). Mas e como fica a questão do óbito, não tenho como provar. Eles não dão nenhum documento, um tipo de atestado de óbito. E não sei se posso solicitar algo assim.
Sei que tenho testemunhas e muitos torpedos enviados pela veterinária. É nisso que iria me agarrar. Porque eu tenho várias mentiras dela ali, como o fato de ter acusado cinomose no laudo da necropsia, o que, segundo o documento, é mentira. Outra coisa é que uma semana antes de ela me avisar que eu poderia buscar o laudo (em 16 de abril), ela dizia que o laudo não estava pronto, quase três meses depois, e que o problema não era com a Nina, mas sim com todos os laudos. Outra mentira. Quando fui lá buscar o laudo (só vi, não peguei porque tinha de pagar), o médico me disse que o laudo atrasou uns 15 dias. Mas não os dois meses que ela dizia. Ou seja, o laudo estava pronto há quase dois meses. Por que então tantas mentiras?

Por isso tudo, essas mentiras, essa "fuga" da veterinária.... ela passou me evitando, não quis falar sobre nada. É peso na consciência, algo ela fez de errado. Não na cirurgia (será que ela realmente deveria ter sido operada?), porque ela não deu bola quando eu dizia que a Nina estava mal, não estava normal, estava piorando... e pelo fato de não ter desconfiado nem diagnosticado a doença certa.
Então, resolvi não processá-la, nem pedir indenização.... até porque a minha Nina nunca voltará. Mas tive a ideia de somente denunciá-la para o CRMV e eles que resolvam o que fazer com o caso. Minha consciência ficaria bem mais tranquila. E eu, com certeza, estaria sofrendo menos... a minha depressão diminuiria um pouco.

Decidi isso no domingo passado. Estava pensando sobre o processo há dois meses... e sobre a denúncia, há um. Então, no domingo passado, li todos os torpedos novamente. Ali tem os textos dela, as datas... tudo. Mas, como na minha vida tudo dá errado, é muito azar. Na segunda-feira eu perdi o celular com todas as mensagens. Tentei muito recuperá-lo, mas como isso só acontece com os outros, nunca comigo (de reencontrar coisas importantes perdidas).... me ferrei. Perdi todos os torpedos.

Mas, enfim...

Vou ver, essa semana, se mesmo assim, tem como fazer a denúncia no CRMV.

Isso tudo é pela Nina. Que sofreu muito nos últimos meses de vida, fazendo muita gente sofrer.  Ainda mais com a sua partida, precoce e do jeito que foi. Passaram cinco meses, mas a dor, sofrimento, não. E o conformismo não vem... devido a tanta injustiça. Por isso, preciso e vou fazer algo. Que estiver ao meu alcance !!!!

Ainda te amamos muito, Nina!
Você está presente entre nós todos os dias, sempre. E não só em pensamentos. Temos aqui um lindo quadro com suas fotos, um oratório com a casinha das suas cinzas ao lado de um São Francisco. Os álbuns com 200 fotos suas de modelete, com a família e amigos, e dos nossos melhores momentos juntos.

Saudade eterna!