quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mensagem de Conforto




Minha mãezinha, veja...
consigo correr sem me cansar!
Consigo ficar em pé sem cambalear!

Como você me disse na minha hora,
para ir sem medo, pois você sempre
estaria comigo.

Meus amigos estão sempre comigo
e me esperam
todos os dias para brincar...
nesse gramado sempre em primavera!
Com flores sempre a desabrochar!

Minha mãezinha animal,
lambe meu focinho todo o dia!
meu paizinho
meu descanso vela...
E agora vivo em paz!

Mas me preocupo com vc meu humano...
Quando vou ao lago,
onde lhe vejo,
e você chora, dia após dia,
de saudades de mim...
onde quer que eu esteja.

Se você sonhar,
poderar me ver
em todos os cantos!

Todos os dias, eu e meus amigos
visitamos nossas familias humanas.
Podemos ver todos aqueles que amamos...

Por isso,
sempre que você se lembrar
de mim,
é porque estou por perto.
Sempre ao seu lado,
sempre a lhe acompanhar.

Você se condena,
achando que poderia ter me salvado.
Você não me perdeu,
meu amor verdadeiro.
Só meu tempo no seu mundo
havia terminado.

Não existem fins,
nem partidas...
Existem tempos diferentes...

Sei que no seu coração
você me leva!
E nosso laço ainda existe!

Venha sonhar,
venha brincar,
venha correr comigo!
Nesta grama verde!
E assim ,sua tristeza se desfaz!

Sua Nina




Mais uma linda mensagem de conforto enviada pela Rejane, da Capelinha de São Francisco Memorial Pets.
Tava precisando.
Chorei e me arrepiei.
Hoje foi difícil. A saudade dela foi muito grande.
Mas como diz a mensagem... é porque ela está bem feliz em algum lugar, pensando em mim e querendo que eu seja feliz também.

Leia o comentário original





domingo, 17 de fevereiro de 2013

O adeus que não pude dar



Na quarta-feira (16/01), dia da partida da Nina, eu estava no tabelionato assinando uns documentos para o pai quando recebi um torpedo da dra. Paula, nele dizia que ela havia tido uma piora e que a dra. havia sido chamada para examiná-la. Já desatei em prantos. O que será que pode ser a piora de um cãozinho que só mexe os olhos e o rabinho?
Eu sabia que algo de muito ruim aconteceria.
Ela disse que me ligaria para avisar. Não entendo porque eu não peguei o carro e fui direto para lá, para acompanhar, ver. Que burrice... e só hoje, mais de um mês depois, que me toquei disso. (dããã, para mim!).
Eu me atrasei para o trabalho, porque demorei no tabelionato. Logo que cheguei, recebi a ligação da dra. Paula. Ela disse que a Nina teve um pneumonia aguda. Que ela ficou sem ar, foi entubada, tiraram raio-x, mas que o pulmão já estava todo branco, ou seja, iria parar de funcionar. Ela só me resumiu tudo dizendo: "vem dar tchau, mãezinha".

 Não conseguia parar de chorar. Não teria condições de ir dirigindo até lá. Então, o meu colega Rogerinho se prontificou para me levar...
Cheguei lá e fiquei esperando muito tempo na recepção. Tempo mesmo. Para mim, parecia uma eternidade. Tinha medo de como seria, vê-la morrer... Achei que não aguentaria!
Por fim, encontrei a vet Paula que "largou" que ela se engasgou? Engasgou? Estranho né? Acho que porque ela estava comendo sozinha... ou seja, meu medo da morte dela era porque ela não comeria, mas com  o apetite que ela tinha, vontade de viver e como comia desesperadamente, mas com dificuldade, com certeza que iria se engasgar. Por isso, o choque de todos e surpresa com a morte dela. Ela não morreu da doença. Ela tinha chance de cura sim.
A dra. Paula chegou e eu perguntei e ela disse que ela já tinha ido, apenas confirmou.
Ela falou que já tinha sido avisada que eu havia chegado, mas bem na hora a Nina teve uma parada cardíaca. Parece que soube que eu cheguei, ficou aliviada. Reanimaram ela e qd a dra. tava indo me chamar, foi chamada de volta, porque ela tava a segunda e última parada cardíaca. Foi fatal. Partiu.

Eu esperei mais um pouco. Levaram o corpo dela para uma sala de consulta (onde ela foi consultada a segunda vez pela dra. Paula). Lá eu vi ela, parecia viva. Ainda tava quentinha e molinha. Se não fosse a boca meio entreaberta e rígida, e a língua roxa (sintoma de quem morre por falta de ar). A dra. mandou eu me preparar porque ela estava de olhos abertos. Isso não foi nada. Pior foi pensar que no dia anterior, ela sedadinha, parecia morta. Porque ela também dormia de olhos meio abertos, coisa mais estranha. Sempre alerta, parecia!!!
Abracei, beijei, fiz fotos da minha princesa. Eu não queria desgrudar do corpinho dela. Não queria deixá-lo ir, apesar de saber que ela já não habitava mais ele, que ela já tinha ido para a terra dos anjinhos de quatro patas.


 As dras. Paula e Ale estavam juntas comigo na sala e perguntei: "ela morreu engasgada?". A paula explicou que provavelmente sim, que ninguém viu nada. Só viram ela passar mal pelas 11h, ficou sem ar, então foi entubada. Mas se o pulmão parou de funcionar, parou de ir oxigênio para o coração e o mesmo também parou. Aquele baita coraçãozinho!!! Tão pequeno e sensível. Mas tão cheio de amor, lealdade, cumplicidade, inocência!!!

A dra. Paula explicou que os exames da miningite foram conclusivos e deram negativo. E que não sabia como os da cinomose deram negativo. Diante disso, da dúvdia, que sempre foi isso que me matou, me indignou, me deixou nervosa, eu solicitei a necropsia. Ficou acordado assim. Ela me avisaria quando o corpo estivesse liberado para a cremação. Outro capítulo bem longo dessa história. A Nina me deu ainda baita preocupação, transtornos e decisões mesmo depois de morta. Mas tudo valeu (valeu) a pena!

Sei que sexta-feira (18), quando eu deveria buscá-la para trazer para casa, foi o dia que fizeram a necropsia. Saí correndo do trabalho para vê-la pela última vez, antes do crematório buscá-la. Me atrasei porque o dono do crematório ficou me dando várias explicações, muito úteis. Saí correndo, fui para casa pegar o carro, liguei para o hospital pedindo para segurar o cara que eu tava indo. Cheguei lá e ele não pode esperar, havia saído há cinco minutos, mas... por fim... foi tudo providencial. Até não sei se não foi de propósito, para eu não ver o estado que ela estava.

Desejei que o mundo tivesse acabado no dia 21 de dezembro, para todos termos ido juntos! E não agora, somente a Nina! Aliás, dia 21 foi o dia da piora dela!!!

A véspera da partida

 

Fui vê-la na terça-feira (15), com a Gabi Leti, que estava me visitando em PoA. Achei tudo muito estranho, o lugar onde ela tava. Tive a impressão que ela não estava sendo bem cuidada. Digo, era muita gente, muito estagiário, cuidando de muitos cachorros ao mesmo tempo. Tive a impressão de erro médico e inesperiência a qualquer momento. É como se não tivessem dando importância ou a devida gravidade à gravidade da Nina. E se ela estava com cinomose, não deveria estar em isolamento?
Ah, essa mesma impressão eu tive logo no início, quando visitei ela pela primeira e segunda vez depois da cirurgia.
Muito medo! Tudo muito estranho.

Quando fui ver a minha menina pequenina, a dra. Paula comentou ainda que os exames da cinomose deu negativo e que o da meningite também. Mas que no outro dia, ainda teriam mais alguns resultados, que poderiam confirmar a meningite.
Naquela tarde, a Nina estava bem relaxada, quase adormecida, devido ao diazepan. Tão relaxada que ela tava deitada do lado que ela não deitava sozinha desde a cirurgia. (outra coisa estranha foi ela ficar só naquela posição, porque não conseguia ficar de outra, no outro lado, desde o início?, também o fato da perninha esquerda não estar com tanta sensibilidade quanto à direita, e mais...)

Enfim, ela deixou bem claro que a alta estava planejada para sexta-feira (18), mas que se necessário, talvez ela ficasse mais. Ela pediu que eu a visitasse todos os dias se desse, que ela precisava do amor de mãe. Tadinha, realmente ela lá sozinha, se sentia abandonada. E morreu sozinha, sem mim! Será que ela vai guardar mágoa de mim? (hehe). Que dor, eu não poderia vistá-la todos os dias, porque a visitação tinha horário. E teria de matar muito trabalho! Aliás, devo um agradecimento especial a todos que me entenderam e não me demitiram por tantas faltas (todas descontadas das minhas horas extras!).
Enfim, a morte da Nina não era cogitada. Ou seja, ela não estava morrendo. Ela morreu, por alguma ironia do destino. Erro ou negligência veterinária? Minha negligência? Eu tento, tento, tento buscar culpados. Eu tento achar onde eu errei, o que eu fiz de errado. Mas não consigo!!!!


Primeiros dias de janeiro e últimos da vida da Nina


Voltamos a Porto Alegre e levamos a Nina para voltar à fisioterapia. Levei na quinta-feira.
A dra. Paula não conseguiu nem disfarçar. Se apavorou com o estado da Nina, mas não me disse nada.
Só faltou me dizer: "pq não me avisou antes que ela tava assim?". Mas eu avisei a Ale, que me ajudou a encontrar um veterinário em Pelotas, era o que eu podia fazer... não estava em Porto Alegre. Ainda fui para o fim de mundo de Três Passos.
A dra. Paula disse que parecia meningite. Que iria fazer exame para isso. Que eu deveria deixá-la internada, novamente. Ela tomaria - DE NOVO - anestia geral para retirada do líquido da menige para análise. Ela disse que seria bom para mim também, que eu teria uma folga, descansaria um pouco.
Então, na sexta-feira, fui a Pelotas novamente. Só voltei na segunda. Não pude ir vê-la.
Esqueci de dizer que antes do Natal, foi feito exame, de novo, da cinomose.
Ah, eu mandei um torpedo para a dra. Paula dizendo da minha preocupação com a alimentação da Nina, porque ela comia na boquinha, que não podia comer sozinha. Escrevi que tinha medo de que se deixassem no potinho, ela não comeria e morreria de fome (teoricamente, na minha cabeça, ela não comeria por não conseguir).Ela enviou um torpedo dizendo que ela já tinha comido sozinha, sentadinha, com pouco de ajuda. Ela enviou fotinho da dona Nina, coisa mais fofa a preocupação dela comigo. Eu acho que fui a dona mais chata que passou na vida dela. Mas uma das poucas que não obteve êxito. A melhoria do seu bichinho. Isso me corta a alma.




Festas de final de ano!


O Natal foi nessa função.
E o Reveillon também. Mas estávamos em Três Passos.
O que foi muito pior. Eu e meu marido ficamos na casa da minha mãe, mas a Nina tinha de ficar na casa do meu pai (porque na casa da minha estavam a Mag e a Brenda e precisávamos preservá-las do vírus). Então vivíamos de lá para cá.
Minha madrasta aconselhou colocá-la, com a caminha e tudo, no pátio, na grama... para ela ver um pouco de vida, natureza! Coisa boa, foi a última vez que ela viu isso... que ela teve um contato positivo.
No Reveillon, o plano era ir no início da tarde para a casa do rio do meu pai, passarmos a virada e voltarmos no outro dia. Mas, como não pudemos levá-la, e tinha de dar remédio e carinho, cia. Não deixava ela sozinha por muito tempo. Então, fomos pelas 21h e voltamos às 1h. Tudo para não passar muito tempo longe dela. Tadinha. Eu tinha muito medo de ficar muito tempo longe e ela achar que tínhamos abandonado ela, passar mal e morrer, longe de mim. Que alívio de chegar em casa e vê-la dormindo como um anjinho. Tranquila, sem dor, tristeza, choro, os gritos histéricos...


O período da piora sem volta


Bem, o terrível período foi um sábado pela manhã, antes do Natal, em que acordei e a Nina estava muito mal. Mal mesmo. Deu uma recaída total. A cara de louca, as pupilas e olhos esbugalhados, sem falar no pescoço, estava completamente duro. Ela não mexia, não levantava a cabeça nada, nadinha. Ela só mexia os olhos e o rabinho, de felicidade, mas em câmera lenta. O engraçada, que ela não perdia o apetite. Era muita vontade de viver. Ela não se entregava, era forte, praticamente um Highlander. Inacreditável.
Por isso, eu acho que as vets não quiseram sacrificá-la antes disso. Nem eu. Muita gente dava opinião, diziam que eu tinha de interromper o sofrimento dela. Eu não quis fazer ela sofrer, eu só quis dar a ela mais uma chance, duas ou três, quantas fossem necessárias para vê-la forte, correndo, brincando. Sem falar nos latidos, que há muito ela não latia. Apenas chorava, agonizava de dor. Aquele chorinho baixinho e desesperado. Também tinham os gritos de histeria, quando ela tinha alucinações que estava sendo atacada, mesmo que eu só chegasse perto para fazer um carinho. Ela me mordeu várias vezes.
Tinha as madrugadas que ela me acordava de hora em hora, a partir das 4h da manhã, com seus chorinhos. Cada uma das vezes eu levantava e providenciava algo, seja comida, bebida, xixi, coco, remédio. Ou o que mais ela estivesse precisando.

Naquela manhã, começou cedo também, pelas 8h eu já estava em pânico. Pela terrível piora. Encaminhei um torpedo desesperado para a vet Ale, que me ligou. Me passou contato de uma clínica veterinária em Pelotas. Precisava de alguma que tivesse internação para cinomose. Coitada da bichinha, era discriminada como se tivesse alguma lepra, aids ou sei lá o quê.

Então levamos ela a dra. Ângela, que medicou e pediu que voltássemos lá à noite. Voltamos, acho que a dona não gostou muito que a residente/estagiária aceitou tratar a cachorrinha com cinomose. A dra. Ângela falou ainda que a cinomose é uma espécie de Aids, não mata, mas baixa a imunidade até o bicho morrer de outra coisa! E deu um jeito de se livrar de nós. Então como não podíamos deixar ela internada. A dra. Ângela nos indicou outra clínica, que oferece internação com isolamento. Fomos até lá, no dia seguinte, digo, na segunda-feira, 24. (acho que tudo que falei do sábado, foi no domingo. sábado ela tava piorzinha e no domingo não resisti, fiz o meu "escândalo" de sempre, de pavor) .

Mas lá na nova clínica, o doutor Humberto mudou toda a medicação, com urgência! Trocamos tudo, compramos tudo novo. Ele achou melhor não internar porque ela tinha apetite. Várias vezes essa foi a definição para não interná-la, ela não precisaria de soro, não corria o risco de desidratar.
E, em casa, ela teria meu carinho, meu cuidado, o medicamento na hora certa (a hora que fosse), e a comidinha na boquinha, de carninha em carinha, não tinha como ela comer sozinha!!! Jamais! Até a água tinha de dar de injeção, porque ela já não bebia muito.
Tadinha da minha meNina pequeNina!!!
Que dó, que dó, que dó!
Ela tava daquele jeito. Não melhorava e nem piorava. Mas eu tinha esperança que melhorasse. Até comentei com o meu marido que era estranho... se tinha de melhorar, já teria de ter melhorado! Mas isso eu já achava estranho no final de novembro. É como se eu pressentisse que o tróço tava degringolando!
Agora, que ela se foi, fico imaginando o quão louca todos me achavam por carregar para lá e para cá aquela cachorra demente, que mexia apenas os olhos e o rabinho! Mas para mim ela era a Nina de sempre. E, logo logo, estaria bem. Ao mesmo tempo, tenho orgulho do meu amor e dedicação por ela. Ela me fez tão feliz, por esse tempo. Era meu dever e responsabilidade lutar por ela. Até o fim. Sem dar trégua.


Cinomose?


Desde o final de novembro, eu achava a Nina meio estranha. Ela não mostrava evolução na fisioterapia.
E ela parecia sempre mais fraquinha, abatida. Sei que ela ainda não estava caminhando, seu retorno dependia do resultado da fisioterapia. Mas não era só isso. Mãe sabe, mãe convive todos os dias. Ela não estava normal. Mesmo paralisada, ela tinha um ritmo, uma agitação, empolgação de viver, etc e tal. E ela tava perdendo esse brilho no olhar. Ela estava regredindo. Parecia que estava desanimando, desistindo.
Lógico que não me passou pela cabeça qualquer outra doença que fosse, muito menos sua prematura morte. A única coisa que me passava pela cabeça é que eu dizia quando a levava a fisioterapia, que não estava havendo melhora. Que isso não podia ser normal. Dizia que ela estava mais abatida, estranha. Mas enfim, eu era leiga. Não sou veterinária. Mas eu sou (era) a mãe da Nina. Eu sabia que aquilo não era normal. Mas que vergonha de ficar insistindo. Alegar o quê numa hora dessas?

Primeiramente, a ideia é que em um mês ela já começasse a dar os primeiros passos, levantar, fazer os exercícios da fisio sem os equipamentos de estimulação da musculatura. Com esse problema da reação alérgica, pensei que pudesse adiar mais um mezinho que fosse. Então, até o Natal, eu esperava a recuperação dela. E daria um lindo e maravilhoso presente para ela (vou falar nisso na postagem sobre as promessas que não pude cumprir, frustração e planos que tinha para ela e que foram interrompidos).

Bem, na primeira semana de dezembro, tive de viajar a trabalho. Então deixei ela internada na Terra dos Bichos, clínica do dr. Guilherme, e contratei um táxi de cachorros para pegá-la lá e levá-la para a fisioterapia. Cheguei de viagem numa quinta-feira, peguei ela e achei ela muito estranha. Parecia que ela estava ficando mais paralisada. Não só as patas traseiras. Parecia que estava "subindo". Tudo começa a piorar.
Na sexta, meu marido estava de férias e levou a Nina na fisio. Então ele voltou e me falou que as vets desconfiaram de cinomose. Coletaram material para fazer os exames.
Na segunda-feira seguinte, levei ela para fisio. As vets me explicaram da suspeita, dos sintomas característicos. Me explicaram que teríamos de parar de fazer a fisio por um tempo e tratá-la da cinomose.
Fiquei com muito medo, chorei muito. Foi horrível. Eu já achava que ela morreria. Mas me tranquilizaram. Cinomose é curável. Li muito sobre a doença na internet, coisa e tals.
Não lembro direito, mas acho que levei ela na quarta-feira de novo, dia 12/12, se não me engano. Nesse dia nem fizemos fisio. Aliás, foi nesse dia que falei com ela. Na segunda, quem havia levado a Nina tinha sido meu marido.
A partir dali é que ela parou de fazer fisioterapia, lembro-me que naquela tarde ela ficou lá tomando soro e começamos com uma medicação power pra cinomose, baseada em muitas vitaminas, principalmente a B. Tinha líquidos, pozinho para colocar na comida, etc. Muita medicação mesmo.


 Tadinha. Ela não conseguia comer direito, nem levantar a cabeça do travesseiro. Só ficava em uma posição, de um só lado. Ela tinha dificuldade para tomar água e para comer. Eu até pensei que ela tinha perdido alguns dentes, porque ela não conseguia mastigar. Então passei a dar somente as carinhas em sachê para ela. Coisa mais amada. Ela comia desesperadamente. O único sintoma da doença que ela nunca teve foi a falta de apetite. Foi um caos. Pupilas dilatadas, com uma cara de louca total. Teve os dias dos vômitos. Foram umas três vezes só. Sempre que eu chegava em casa eu via aquilo (aliás, não sabia distinguir se era vômito ou diarréia). Ela nunca fazia quando eu tava em casa. Uma noite, ela fez na minha cama. Bem pouco. Eu passava todos os dias lavando os cobertores dela, que as vezes ela não aguentava me esperar e fazia xixi e cocô na cama. Eu vivia em função dela. Teve uma vez que eu não almocei a semana toda. Isso que eu já não tomo café da manhã. Eu só fazia uma refeição por dia, a janta. Do final de outubro até dezembro, eu havia perdido 5kg. Bem, foram-se 5kg, que eu tava precisando, e milhares de reais. Se fosse só isso, tudo bem. Nunca imaginei que eu perderia o meu bem mais precioso, minha paixão, minha amada, minha filhota...
Nessa época, a correria era tanta e eu tinha tanta confiança e certeza de sua melhora, que não fiz muitas fotos, nem vídeo da sua condição deplorante de demência. Tadinha. Mas enfim, aqueles três vômitos passaram e os olhos de louquinha foram passando.

Tenho a impressão que levei ela lá para as vets antes do Natal, uma vez. Para dar uma "checada" nela. Isso, na quinta-feira antes do final de semana de Natal. Quarta ou quinta. Não tenho certeza.
Nesta última consulta, contei a vet Ale que eu estava muito feliz porque no fim de semana anterior ao do Natal eu estava em Pelotas.
No sábado à tarde, minha melhor amiga de infância Layla, foi me visitar. E comentou da cara de louca da Nina (olhos esbugalhados, pupilas dilatadas). Foi tudo muito horrível.
Mas no domingo, qual não foi minha surpresa, a Nina estava ótima. Sem aquele olhar de doida, que nunca cheguei a registrar. Incrível, incrível mesmo. À tarde, a Layla voltou novamente, porque iria junto comigo a Porto Alegre, onde pegaria o ônibus de volta a Passo Fundo. A primeira coisa que ela disse foi: nossa, como a Nina está boa! Melhorou muito! A impressão que eu tive, ela teve também. Sério, me enchi de esperanças.Ela passou toda aquela semana melhorzinha. Continuava com dificuldade para comer e não se levantava, mas... enfim... já não tinha mais cara de demente. Apesar de ainda estar (nem contei ainda sobre a histeria e alucinações).
  A dra. Ale me disse que ela estava melhorando, que deveria levá-la de volta para a fisioterapia depois do reveillon. Que eles estariam em férias durante este período. Fechou todas. Eu viajaria neste período também. E que período, só não foi o pior de todos, porque o pior de todos foi a perda da Nina.

Fisioterapia


Está ruim de escrever agora. Tentei relembrar muita coisa. E não tô conseguindo relembrar sobre a fisioterapia. Não sei quando começou, parou, recomeçou. Quando eu comecei a perceber que a Nina estava muito estranha. Além de não evoluir, tava regredindo. Ela já tentava dar os primeiros passos, tentava se levantar. Mas começou a desistir, cada vez ficar pior, ficar deitada, deitada, deitada... e nada da reabilitação funcionar.


Febre, convulsão, reação alérgica


Levei a Nina para casa, dia 31 de outubro ou 1° de novembro. Não tenho certeza. Levei ela para o kitnet do Centro Histórico. Mas no sábado, pela manhã, me mudei para o Menino Deus.
E a Nina fez mais uma mudança!
Bem, aquelas feridas só aumentavam... pareciam bolhas amarelas, de muito pus. E elas cresciam bem no centro até às margens daquela mancha assimétrica que eu havia percebido no pêlo dela.
Eu tava entrando em pânico já. Mandei torpedo para dra. Paula, inclusive com fotos, falando das feridas. Ela ficou preocupada e pediu que eu a levasse com urgência na terça-feira. Acho que ela iria começar a fisioterapia naquele dia.
Mas eu tinha de disfarçar meu desespero, até para o meu marido.
No domingo, quando ele saiu para passear com meu enteado... não resisti. Levei a Nina até um plantão 24h próximo de casa. O plantonista deu medicação para tratamento das feridas, queimaduras... que para ele eram queimaduras dos equipamentos da fisioterapia. Que absurdo! Mas, enfim, é o que eu pensava.
Ela tinha febre também. Muita febre!
No outro dia, 5 de novembro, segunda-feira, eu recebi os caras da Net para fazer a instalação no meu novo apto. Mas a Nina tava mal. Muito estranha. Ela não estava se recuperando. Ela estava piorando. Estava muito estranha. Não lembro como, não sei descrever. Nem na hora eu sabia dizer... sei que ela estava anormal... não era normal aquela reação. Uma hora vi que ela começou a rolar pelo chão, se debater... se contorcer feito uma louca. Ela rolou várias voltas para fora da caminha dela. Fiquei apavorada. Liguei para o mesmo plantão do dia anterior... eles vieram buscá-la. Mas eu não podia sair até o cara da net ir embora. Avisei que iria em seguida. Uns 20 ou 30 minutos depois eu fui. O doutor disse que ela chegou lá toda retorcida, parecia convulsão... Mas ela não havia babado, espumado em nenhum instante. Talvez tenha sido uma convulsão ou pseudo convulsão devido à febre muito alta.
Agora, comparo aquele giro com os que ela dava nos últimos tempos, quando a demência foi aumentando. Será que já era sinais da doença que ninguém conseguiu perceber? Ou foi só coincidência?
Aí que entra o dr. Guilherme na vida dela. Ele diagnosticou as feridas como uma reação alérgica ao medicamento. Suspendemos a medicação normal e a dada no dia anterior. Trocamos as pomadas. Ele disse que aquilo tudo era tecido morto, totalmente necrosado. Por isso o pus. E ela estava muito quente. Ardia em febre!
No dia seguinte, levei para a dra. Paula e ela confirmou o diagnóstico do dr. Guilherme. Sei lá, se eu não tivesse levado ela ao outro veterinário, talvez ela teria morrido. Sei lá, eu acho!!!
Agora não lembro se começamos ou não a fazer a fisioterapia. Acho que sim. Mas aí paramos por algum tempo para voltar depois.
Isso tenho de checar direitinho!

A cirurgia


Feito o exame, a tchutchuca iria para a faca dia 23 de outubro. Dia 22, no fim da tarde, deixei ela lá.
Naquela semana viajaria a trabalho. Só voltaria na quinta-feira. Igual eu só poderia buscá-la na sexta-feira. Ela ficaria internada três dias.
Eu estava em pânico. Em plena viagem e não sabia se ela estava bem. Teoricamente, a dra. disse que eu poderia vê-la no dia seguinte. Mas ela disse que tinha sido, saído tudo muito bem, mas que eu não poderia vê-la logo. Teria de esperar um pouco. Nem me lembro porquê, o que ela me disse. Nós nos falávamos muito por torpedo. E um dia eu tive de deletar tudo. Ela me mandou fotos da Nina. Mas realmente não lembro porque eu não podia vê-la. Fiquei apavorada, achando que algo tivesse dado errado.

Será que eu estava em viagem mesmo? Já tô desconfiada que a mesma foi desmarcada. Ou que voltei na quarta-feira. Acho que fui vê-la na quinta-feira! Ou na sexta? Ou na quinta e na sexta-feira?

Sei que quando a vi pela primeira vez, ela ainda tava no soro e na sonda. Ou só na sonda? Não, soro e sonda. Mas ela não poderia ir embora ainda. A dra. Paula achou melhor deixá-la mais um pouco, de novo, não me lembro o porquê! Mas concordei, achei muito bom!

 Na segunda vez que fui lá, achei estranha uma mancha nas costas dela. Para mim, leiga, parecia que tinham raspado ela mais ainda naquela área bem assimétrica. Muito estranho. 1) Para que raspariam mais ainda? 2) E pq daquela forma irregular? Pensei então que pudesse ser que ali o pêlo tivesse crescido menos que no restante da área raspada. Perguntei para a mocinha que estava lá de plantão, ela não soube me dizer o que era aquilo.
Também percebi uma ferida que, para mim, parecia uma queimadura de cigarro. Era bem redondinha, do tamanho de um cigarro, e parecia uma queimadura, que tinha estourado a bolha e virado ferida, uma casquinha (bem preta, mas profunda). Depois (outra história), outro veterinário comentou que aquilo era tecido necrosado.
Me deu medo, pensei que pudesse ser dos equipamentos, visto que me disseram que naqueles dias que ela ficou internada, ela fez duas sessões de fisioterapia. Sei lá... não sabia o que pensar. Eu tinha muita preocupação, ao mesmo tempo, vergonha. Porque tudo me assustava e tinha a impressão de isso acontecia por eu ser leiga, que um veterinário vendo, se fosse preocupante, avaliaria e me diria que era preocupante ou grave. Eu tinha vergonha dos vets porque me sentia sempre exagerando, fazendo tempestade em copo d'água. Mas, por fim, todo meu medo, pressentimento, se concretizou... o tróço foi grave, foi horrível.
Quando fui vê-la novamente ou buscá-la, não lembro direito, aquilo tava pior. Perguntei novamente, e não sabiam me responder.
E eu, em pânico.


Tomografia computadorizada


Não lembro bem certo ao dia, mas ela fez exame de sangue para saber se poderia ser submetida à anestesia geral (a segunda da vida dela, porque ela havia sido castrada).
Essa anestesia era para fazer a tomografia computadorizada!

 O exame foi marcado para o dia 16 de outubro. E mais uma vez, pegamos um táxi e nos tocamos para a Zona Sul fazer o exame.

 Essa cachorra tinha milhões de quilômetros rodados no carro do pai, dos táxis e de ônibus. Até de uma consulta uma vez voltei com ela no ônibus. Mas foi muito desconfortável, nunca mais repeti a proeza.
Seus quilômetros rodados, bem como suas inúmeras residências são temas para outra postagem.



Decisão pela cirurgia

12 de julho 2102
Primeira consulta com a Dr. Paula Gonzalez, no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS.
Nina estava apenas mancando.
Dr. Paula diagnosticou dois possíveis pontos de hérnia de disco.
Receitou medicamentos e repouso absoluto.
Subir e descer dos lugares (cama e sofá), descer e subir escadas, nem pensar.
Foi aí que a Nina começou de circulação. No máximo, uma vez por dia, ela passeava pra fazer as necessidades fisiológicas. Mas, por fim, às vezes só ia mesmo, no máximo, três vezes por semana.
Pelo que lembro, como a Nina tava mancando, a dra. paula pediu para levarmos ela lá novamente na volta das férias dela, se não me engano. Mas aí eu tava de férias... ai, essa parte não lembro quase nada!
Na verdade, acho que foram três consultas antes da cirurgia, na terceira foi decidido operar.
Lembro-me bem que a dra. Paula disse que havia passado muito tempo e que a Nina apresentava muita dor. Por isso, recomendou a cirurgia.
Ela disse que a Nina até poderia continuar para o resto da vida andando daquele jeito, manca. Mas que para o resto da vida teria aquela dor. Porque se há tanto tempo não havia parado, cicatrizado.

Bem, foi assim que decidimos operar ela. E custaria bem menos. Uns R$ 1,5 mil (apenas). Não pensei duas vezes. E como tive todo o apoio do meu marido. Que disse que tínhamos sim de pagar para vê-la melhor, andando.

Nesse meio tempo, pequisei sobre carrinhos de roda. Não, isso foi na época que fui na primeira consulta. Pensei que se não tivesse dinheiro para a cirurgia, então deixaria ela num confortável carrinho para não perder sua liberdade e dar suas voltinhas por aí. Minha amada, paixão!

Cada consulta que eu ia lá na UFRGS eu gastava R$ 70,00 só de táxi. Foi uma loucura!
Mas, enfiim... foram apenas 3 consultas e depois teria o dia de levar para cirurgia e o de buscar. Nada demais! (poxa, não é assunto pra agora, mas lembrei que não lembro como foi o dia que fui buscar ela... como foi, etc e tal). Que saco!

Hérnia de disco diagnosticada

27 de Maio de 2012
Cheguei em casa, ainda no meu kit net no Centro Histórico, e a Pati ainda estava lá limpando.
Conversei com ela e com a Nina, que já estava em cima da cama. Linda, maravilhosa.
Toquei nela e começou a gritar desesperada!
Perguntei a Pati o que havia acontecido. Ela disse que nada, até então ela estava normal.
Achei que fosse medo de cair pela janela. Ela tinha medo de altura. E como, pra fazer a limpeza, a Pati colocou a cama em outro lugar, próximo a janela. Pensei que pudesse ser isso. Porque ela gritou na hora que eu a peguei para colocar próxima à janela para olhar para fora.
Enfim, desci para o "xixi nosso de cada dia". Andei alguns metros e ela já começou a mancar, renguiar, principalmente a pata traseira esquerda.
Fui direto com ela para uma clínica veterinária próxima. Foi então que eu conheci a Dr. Letícia Brito.
Contei o histórico dela. Ela disse, tem toda a cara de ser hérnia de disco.
Deu medicamento para relaxar e passar a dor.
Me indicou outro doutor, o melhor neurologista veterinário de Porto Alegre.
Pediu repouso da Nina. 
Agora fiquei meio confusa. Não sei quantos dias depois liguei para ele ou logo no dia seguinte. (vou tentar checar isso).
Marquei a consulta com urgência... ficou para início de junho.
Aí começam todos os altos gastos.
No dia da consulta, o meu marido foi comigo, fomos de táxi. Gastamos uns R$ 50,00 de deslocamento, mais R$ 140,00 da consulta.
Ele examinou, examinou e examinou. Disse que, pelo exame clínico, era certo a hérnia de disco. Acreditava que eram em dois pontos da coluna. Só exames de imagem confirmariam e apontariam o local exato. Cobrou-me R$ 2,8 mil pelo exame de contraste, cirurgia e internação!
Pediu urgência. Disse que, se em sete dias ela não melhorasse, não voltasse a andar, teria de ser operada. Mas que ela tinha de ser operada o mais rapidamente possível, quanto mais adiávamos, menos chance de recuperação! Ele disse que chegou a operar 60 dias depois. Mas não garantia nada! Perguntei o que aconteceria se ela voltasse a andar... Ele disse que se ela voltasse a andar, com certeza, muito em breve daria outra crise. Também explicou que, mesmo operada, poderia voltar a ter, em outro ponto. Ele já havia operado outra salsichinha três vezes. Mas ele explicou que, no máximo, existem cinco pontos a serem atingidos na coluna.
(a história dos dois pontos estou desconfiada que não foi ele que diagnosticou no exame clínico, somente depois, a veterinária Paula).
Por fim, sei que ela voltou a andar por conta própria poucos dias depois (não lembro se foram quatro ou 10 dias depois). Sei que isso fez com que eu desistisse da cirurgia tão cara. Por que não lembro direito disso?
É tanta coisa na minha cabeça, tanta coisa aconteceu depois. Tinha uma época que eu sabia tudo de cor, cada dia e cada coisa que havia acontecido.
Ah, lembrei!!! Lembrei de tudo.
Pelo alto custo, me indicaram marcar uma consulta na UFRGS. Liguei, mas a primeira consulta só poderia ser no dia 12 de julho (aniversário do meu marido!). Ok. Tudo bem. Fiquei tranquila porque ela estava sem andar mas teria até 60 dias para operar. Por fim, perguntei se ela voltasse a andar se eu deveria desmarcar a consulta. A atendente foi clara: "mesmo se ela voltar a andar, venha na consulta".
Dito e feito, foi o que aconteceu... ela voltou a andar uns 10 dias depois da consulta com o bam-bam-bam e estava mancando da perna esquerda!


Como todo o problema começou

A partir de agora vou tentar contar como tudo começou.
Vou descrever somente fatos, minhas desconfianças, minha luta, diagnósticos dos médicos, minha preocupação extrema, meu medo, minha dedicação. Vou tentar ser o mais fiel possível às datas. Quando eu citar o dia do mês, é porque tenho certeza. Se não tiver, vou dizer aproximadamente.
Nada impede que no futuro eu faça correções se tiver certeza das datas.

Bem, pelo que me lembro, na segunda quinzena de novembro de 2011, eu estava com a Nina em Três Passos, na casa da minha mãe. E a Nina apresentou uma forte apatia. Passava deitada no sofá, não comia, não bebia, não latia. Tava muito estranha. Não se mexia. No dia seguinte, ela começou a esticar a cabeça para cima, o máximo possível (tenho foto no celular, vou baixar e postar aqui também). Só mais tarde fui descobrir essa era uma posição que a deixava confortável em relação a alguma dor. Mas que dor? Ninguém sabia.
Apavorada com o  estado dela, porque a coloquei no chão e ela não movia as patinha e se arrastava, levei-a em um veterinário da cidade, mas aquele tipo de veterinário bem "guasco", de grandes animais. Sem nem um pouco de sensibilidade... Ele a consultou e simplesmente disse que ela deveria ter comido algo e estava indisposta. Medicou para um suposto "envenenamento".
Ah, acho que até então eu não sabia que ela não estava andando. Acho que isso foi depois de trazê-la de volta. Por fim, sei que a medicamos com algum tipo de antibiótico, corticóide que fez com que ela melhorasse, voltasse a andar em dois ou três dias!
Enfim, o guasco é tão guasco que acho que nunca ouviu falar em hérnia de disco. Qualquer veterinário que vê um salsichinha sem andar desconfia disso em primeiro lugar. Na verdade, até então eu nem tinha percebido que ela estava se arrastando. Só sabia que ela tava apática e não queria sair da caminha. Nem lá, tentamos fazê-la caminhar. Só descobrimos depois. Em casa. Por isso, talvez, ele não tenha "se tocado".

No mês seguinte, em Santa Rosa (onde morava na época), ela atropelou um carro no dia 22. Foi à tardinha, noitinha. Já estava bem escuro e, ela preta do jeito que é (era), não foi vista por um motorista que vinha voando!!! E ela havia corrido para a rua durante um passeio que normalmente ela se comportava bem. Então eu ouvi uma freada (ou nem teve freada? é, nem deu tempo). Eu só ouvi um estrondo, muito alto. Jurei que ela tinha virado patê embaixo do carro. Eu gritei mais que ela. Uma loucura! Nisso ouvi ela gritando e vindo correndo como um raio, com o rabo no meio das pernas. O meu marido pegou ela e percebeu logo que não havia nada quebrado, aparentemente, tocou nela em tudo para saber onde era a dor. Mas apesar do estrondo e do meu grito, acho que foi só um susto.
Ela apenas teve uma pequena perfuração na bochecha esquerda (tenho no celular foto disso também) e, no dia seguinte, amanheceu super inchado, um verdadeiro "galo". O olho esquerdo também ficou com as "veinhas" saltadas, deu aquele derramezinho dos vasinhos. Tudo isso, melhorou em quatro dias, mesmo sem medicamento. Nem a levamos a um veterinário. Eu quis, meu marido disse que não era preciso.
Não sei se esse atropelamento não ajudou na evolução da hérnia de disco. Porque muitos animais tem hérnia a partir de um trauma, um acidente.
Enfim, a raça dela e o sintoma no mês anterior faz crer que o atropelamento não teria sido o causador do problema (talvez, só um agravante, vai se saber agora!!!). Isso que na época, nem cogitamos a hérnia. Isso foi cogitado somente em maio de 2012, quando a hérnia foi diagnosticada!

História para o próximo post...

Eu sou sua estrela

Lembrança enviada pela Rejane da Capelinha de São Francico Memorial Pets

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Nina na Capelinha de São Francisco Memorial Pets


Logo após redigir e publicar a penúltima postagem, ontem à noite, escrevi algo para enviar ao Blog Capelinha de São Francisco Memorial Pets, da Rejane Montresor! É linda a iniciativa dela. Um Blog para postagem das homenagens aos nossos bichinhos amados que se foram.


Eu fiz questão de ser publicado hoje, dia em que faz um mês que a meNina pequeNina partiu. E eu, continuo, entrando em casa e achando que ela vai estar ali, me esperando... seja saudável ou doente. Mas ali... Talvez seja um sinal de que ela está bem, sinta minha falta, e que me espera em algum lugar!

A Rejane foi super gentil, me mandou doces e confortantes palavras, publicou as fotos e o meu texto. Além disso, duas pinturas de cachorrinhos da raça da Nina (que vou postar aqui também). E me enviou um texto lindo, que também publico aqui.

O Blog dela tem coisas lindas... frases, textos, vídeos... Tudo maravilhoso!
E o texto que publiquei no post anterior, primeiramente foi publicado no Blog Capelinha de São Francisco.
Confiram a postagem da Nina!

Capelinha de São Francisco Memorial Pets


Um mês sem minha meNina pequeNina



É tão estranho! Pensar que, há um mês, não tenho mais a Nina comigo. Parece que ela está lá, no hospital, apenas internada! E que logo voltará. Mas não, ela não voltará. E eu não consigo me acostumar!
O cachorro é um ser incrível, nos faz e fica feliz por pouca coisa. Não tem interesses materiais. Vive basicamente de amor, amizade, lealdade, fidelidade. Nos ensina o que é o amor verdadeiro e incondicional. Ensina a gente dar sem esperar receber em troca. É um amor puro, inocente! É tão bom!
Acredito que nem tenha noção do quão especiais e importantes são para nós. Mas sabe direitinho o que significamos para ele. Assim era a Nina em minha vida!
Ela tirou o melhor de mim, da minha essência. E aproveitou muito. Teve toda a minha atenção, carinho, cuidados, amor, dedicação, zelo... tudo. E agora que ela se foi, ficou um vazio aqui no meu peito! Enorme! Ela deixou um pedacinho dela e levou um pedacinho meu consigo!

Abaixo, posto o texto que redigi ontem à noite, antes de dormir, para ser postado hoje em um Memorial Pets on-line.


Minha eterna e amada meNina pequeNina!

Sei que ninguém tem dúvida, nem mesmo você (seja onde estiver) do meu grande amor e dedicação!
Hoje (16/02), já faz um mês que você partiu. Saiba que você faz muita falta, minha companheira.
Tenho de confessar que ainda escuto seu chorinho de dor (aquele que me acordava umas cinco vezes durante a madrugada e eu ia correndo para te ver e providenciar o que você estava precisando), também tenho sonhado muito com você (e nos meus sonhos você está sempre bem, correndo feliz conosco e com seus amigos). Ainda pego o seu cobertor para sentir seu cheirinho e matar a saudade. Sem falar no fato de que ainda abro a porta do apartamento ou do quarto pela manhã e tenho certeza que você estará ali me esperando. Tudo me lembra você, tudo que fazia tinha de ter uma resolução para te deixar da melhor forma possível. Todos os planos eram mudados sempre pensando no seu bem estar. Até no supermercado, ainda hoje vou para a prateleira de ração e coloco os seus sachezinhos no carrinho. Logo percebo, e tenho de devolver tudo.
Enfim, mil desculpas pela minha boa intenção e decisão de operar sua hérnia de disco. Sei que te fiz sofrer por quase três meses, mas eu jurava que seria o melhor! Eu só queria o melhor para você. Nunca imaginei que essa teria sido a decisão errada. Foi a partir daí que dei oportunidade, a entrada de um vírus em você que a fizesse ir definhando até o final... até o dia em que tu foi embora sem ao menos eu poder me despedir, dizer um adeus. Enquanto eu chegava no hospital, esperava na recepção, seu coraçãozinho não resistiu. Desculpa meu bem. Mas foi melhor eu nem ter visto você entubada, agonizando por falta de ar. Sorte que a mãezinha foi te ver no dia anterior e disse o quanto te amava. O plano era te buscar e te levar para casa em quatro dias.
Não me conformo que você partiu tão jovem. Mas foi forte, foi guerreira. Cada dia estava pior. Mas lutou, lutou por longos três meses. Até o fim.
Mas nem tudo em nossas vidas somos nós mesmos que decidimos. Temos de nos submeter. É o jogo da vida. E eu te perdi para sempre, naquela tarde.
Por isso, te garanto, a insuportável dor de te perder, jamais apagará a imensa felicidade de ter convivido e me dedicado a ti.
Eu, teu pai, teu "maninho" Kike, as dindas e os amigos te amamos e sentimos muito sua falta.
Que você esteja bem onde estiver, junto ao também eterno e amado Brother.
Nina, Nini, Salsichica... (não importa qual desses ou dos outros tantos apelidos carinhosos ou engraçados que você recebeu, a essência sempre foi e será a mesma: você!)
Só tenho a te agradecer por ter enchido minha (nossas) vida(s) de tanto amor, alegria e felicidade!

Tua mãezinha Taline e família


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Quase um mês: saudade infinita


Cartãozinho para familiares e amigos é uma lembrança da curta vida da Nina
Estou em plena organização de nova mudança de residência e, ainda hoje (quase um mês da partida da meNina pequeNina), acabo de entrar no apartamento e ainda tenho a sensação de que vou vê-la me esperando. É muito estranho. Porque lembro bem dela esperando e fazendo festa ao chegarmos em casa. Mas, ao mesmo tempo, também lembro dela esperando deitada, quase que imóvel, já em recuperação da cirurgia ou em sua piora (cinomose, sim, a necropsia confirmou cinomose, nem escrevi ainda sobre isso, mas vou escrever). Como diz meu marido, no dia da morte dela, que ela já não era mais um cachorro (daquele jeito que os cachorros devem ser). Ela fica ali, parada, sempre parada. Esperando, esperando, esperando...
Mas não podia nem comemorar, correr, pular de felicidade com a nossa chegada em casa.

Amanhã faz um mês que ela se foi. Passou muito rápido. Não tive muito tempo para escrever quase nada. E nesse um mês só aumento as histórias para contar. Sim, porque mesmo depois de ela ter virado um anjinho de quatro patas, há ainda muita coisa para contar.

Por exemplo, não me dediquei ao blog porque estou nessa confusão da mudança, aluga apartamento novo, tenta se livrar do velho, assina contrato, etc. E também porque gastei muito tempo (e dinheiro, para variar), preparando inúmeras lembranças para que ela fique sempre em nossa memória.

Sei que parece mórbido. As pessoas dizem para eu não olhar, não pensar nela e, principalmente, não ficar mexendo com fotos e vídeos dela. Mas, tenho de confessar. Tenho medo que ela seja esquecida. Digo, sei que não será. Meu medo é de que isso se perca no tempo e no espaço. Mas não quero isso. Quero que ela, de alguma forma, permaneça para sempre. E não somente em minhas lembranças, minha memória.

Por isso, fiz dois álbuns para ela. Um deles tem praticamente 100 fotos dela de "modelete", como eu chamo. São fotos caseiras, feitas por mim ou por outros, mas que são de close que ela parece que realmente estava posando para as fotografias. O outro álbum, tem 80 fotos dela com os parentes e amigos. É muito lindo. De arrepiar. Hoje também mandei imprimir e buscar algumas fotos para colocar em um quadro porta-retrato que comprei ontem. Ficou linda a montagem! Um espetáculo só! Esse vai ficar na sala nova, com outros dois quadros com fotos minha e do meu marido e um outro só com fotos do Kike (meu enteado).

Como eu ia dizendo, não acho mórbido. Pelo contrário, me alegro com isso. Sinto que ela está presente. Penso apenas como ela foi feliz e como ela aproveitou com intensidade sua curta vida. As fotos dizem tudo. Pena que a maioria dos melhores momentos só tenho na memória. Só vou poder contar.

Sim, ela foi feliz. Muito feliz. E amada. Por mim, pelo pai, pelo "maninho" Kike. Ela era adorável. Tinha lá seus defeitinhos básicos (tema para outro post), mas, enfim.

Bem, só escrevi para dizer que não vou abandonar o blog e que, aos poucos, vou dando mais corpo e alma a ele. Com palavras, fotos, vídeos e muito, mas muito sentimento de saudade. Sei que é apenas um animalzinho, um bichinho. Mas que foi minha grande companheira, para tudo. Sempre! Ela foi o ser que mais precisou e dependeu de mim em toda vida. E como é bom se sentir importante e necessário para alguém. Mesmo que esse alguém seja um simples cachorrinho.

Resumindo: ela me fez mais feliz e completa do que eu a ela. Mas, tenho certeza, que também uma ótima vida a ela. Pena que, no final, decidi por um tratamento (cirurgia) que tinha tudo para dar certo. Mas que, alguém quis, que ela tivesse outra doença, dessa vez mais grave e fatal. Era a hora dela.

Tenho certeza que onde ela estiver, estará correndo com o Brother (em outro post conto essa outra triste e trágica história na vida dela).

Acho que acabei escrevendo tudo que queria escrever amanhã. No um mês de falecimento.
Mas vou deixar para contar das lembrancinhas que estou preparando para os amigos especiais e parentes.

Até a próxima, digo, o próximo post

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Total Eclipse do Amor




Musiquinha brega (na versão em português), mas muito propícia para este momento!

"Por te amar
Toda noite eu fico pensando e chorando não querendo acreditar
Por te amar
Toda noite lembro nosso último encontro isso é pra mim um grande martírio
Por te amar
Toda noite quero encontrar alguém que possa e consiga ao menos explicar
Por te amar
Toda noite quero acreditar que você está por perto e vai chegar por aqui
Por te amar choro
Toda noite chamo por você
Por te amar choro
Toda noite chamo por você
Por te amar
Toda noite peço que uma luz me apareça e me diga que estou bem
Por te amar
Sei que é impossível mas quem sabe com tempo eu consiga entender o por quê?
Por te amar
Você sabe o quanto eu te quero e devia me levar com você
Por te amar
Sei que está errado o que penso mas queria dizer olhando no seu olhar
Por te amar choro
Toda noite chamo por você
Por te amar choro
Toda noite chamo pelo amor
Que eu queria só pra mim
Que eu queria só pra sempre
Que se foi pra nunca mais
Mas vou te amar eternamente
É difícil poder explicar
Como é forte essa dor
Te quero muito mais do que quero viver
O amor que em mim explode nunca vou poder dar
Não sei como dizer não sei como explicar
Eu vivo mas não sinto eu preciso acordar
Meu deus preciso acordar
Me faça acreditar que sonhei
O meu coração tenta me conduzir para que eu possa aceitar
Não quero aceitar o total eclipse do amor
Hoje vou pensar como posso viver como abrir meu coração
Não quero aceitar total eclipse do amor"

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013