Passei a semana toda pensando que já fazem 10 meses que a Nina se foi. Comentei com o Marco Antônio e ele disse: "só?, parece que faz tanto tempo". Mas eu não concordo, eu acho que passou rápido demais.
Mas, enfim, ontem (16/11), no aniversário de sua morte, não lembrei disso. Pensei a semana toda e ontem me escapou... lembrei só bem tarde da noite.
O que importa é que passeamos muito de carro ontem, por vários lugares, passamos por várias praças e parques, por onde passeávamos com a Nina.
Boas, muito boas lembranças. De como ela nos fazia feliz, de como nós a fazíamos feliz. De como éramos felizes. De como éramos uma linda família. Agora vazia sem a sua presença. Ficou um vazio muito grande em mim.
Pelo menos, a raiva, a angústia, a "sede de vingança com as próprias mãos" por todas as mentiras e erros médicos, já não atrapalham o meu sono dos sábados e domingos pelas manhãs, que eu passava rolando pela cama e só matutando o porquê de tudo isso, onde eu havia errado, onde as médicas haviam errado...
Enfim, isso já não me incomoda mais (tanto). Agora só ficou o vazio. Sinto muita falta dela.
E já me sinto apta, pronta, para dar todo esse amor transbordante a outro bichinho de estimação (preciso muito de uma companhia), como a que ela me fazia durante os dias de semana tão solitária, sozinha em Porto Alegre.
Agora me sinto pronta para amar outro bichinho sem me sentir culpada ou estar traindo ela. Pois a Nina jamais será esquecida. Permanecerá viva em minhas minhas melhores memórias e mais doces lembranças. Não há como esquecer (ou substituir) um amor desses, tão puro e verdadeiro... é um amor que tu dá sem pedir nada em troca e vice-versa. Um amor verdadeiro e, principalmente, leal e fiel. Esses bichinhos nunca nos mentem, enganam ou nos magoam. Apenas nos amam e querem ser amados.
Enfim, a Nina está nas minhas lembranças e fotos. Eu sempre a amarei como ela foi amada. Jamais será substituída.
E já estou pronta (e necessitada) de uma companhia. De ser feliz de novo com um bichinho. E de fazer um bichinho feliz também.
Eu quero muito. E sem esquecer minha menina pequenina.
