domingo, 17 de fevereiro de 2013

A cirurgia


Feito o exame, a tchutchuca iria para a faca dia 23 de outubro. Dia 22, no fim da tarde, deixei ela lá.
Naquela semana viajaria a trabalho. Só voltaria na quinta-feira. Igual eu só poderia buscá-la na sexta-feira. Ela ficaria internada três dias.
Eu estava em pânico. Em plena viagem e não sabia se ela estava bem. Teoricamente, a dra. disse que eu poderia vê-la no dia seguinte. Mas ela disse que tinha sido, saído tudo muito bem, mas que eu não poderia vê-la logo. Teria de esperar um pouco. Nem me lembro porquê, o que ela me disse. Nós nos falávamos muito por torpedo. E um dia eu tive de deletar tudo. Ela me mandou fotos da Nina. Mas realmente não lembro porque eu não podia vê-la. Fiquei apavorada, achando que algo tivesse dado errado.

Será que eu estava em viagem mesmo? Já tô desconfiada que a mesma foi desmarcada. Ou que voltei na quarta-feira. Acho que fui vê-la na quinta-feira! Ou na sexta? Ou na quinta e na sexta-feira?

Sei que quando a vi pela primeira vez, ela ainda tava no soro e na sonda. Ou só na sonda? Não, soro e sonda. Mas ela não poderia ir embora ainda. A dra. Paula achou melhor deixá-la mais um pouco, de novo, não me lembro o porquê! Mas concordei, achei muito bom!

 Na segunda vez que fui lá, achei estranha uma mancha nas costas dela. Para mim, leiga, parecia que tinham raspado ela mais ainda naquela área bem assimétrica. Muito estranho. 1) Para que raspariam mais ainda? 2) E pq daquela forma irregular? Pensei então que pudesse ser que ali o pêlo tivesse crescido menos que no restante da área raspada. Perguntei para a mocinha que estava lá de plantão, ela não soube me dizer o que era aquilo.
Também percebi uma ferida que, para mim, parecia uma queimadura de cigarro. Era bem redondinha, do tamanho de um cigarro, e parecia uma queimadura, que tinha estourado a bolha e virado ferida, uma casquinha (bem preta, mas profunda). Depois (outra história), outro veterinário comentou que aquilo era tecido necrosado.
Me deu medo, pensei que pudesse ser dos equipamentos, visto que me disseram que naqueles dias que ela ficou internada, ela fez duas sessões de fisioterapia. Sei lá... não sabia o que pensar. Eu tinha muita preocupação, ao mesmo tempo, vergonha. Porque tudo me assustava e tinha a impressão de isso acontecia por eu ser leiga, que um veterinário vendo, se fosse preocupante, avaliaria e me diria que era preocupante ou grave. Eu tinha vergonha dos vets porque me sentia sempre exagerando, fazendo tempestade em copo d'água. Mas, por fim, todo meu medo, pressentimento, se concretizou... o tróço foi grave, foi horrível.
Quando fui vê-la novamente ou buscá-la, não lembro direito, aquilo tava pior. Perguntei novamente, e não sabiam me responder.
E eu, em pânico.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo seu comentário! Após lê-lo, o mesmo será publicado!