quinta-feira, 25 de abril de 2013

Tristeza não tem fim... nem revolta e humilhação!

Essa semana recebi por e-mail o passo a passo da pintura da Nina, daqui alguns dias vou postar aqui.
Estou muito triste, ainda penso muito e sonho com a Nina. Sinto muita saudade e vontade de ela estar aqui na minha casa.

Ainda me culpo muito. Mas a cada dia tenho mais certeza que não tive culpa. E, apesar de quequer achar que não passou de uma fatalidade, estou preparando um texto que vou postar aqui (muito em breve) com o resumo de toda a situação, o desfecho (aliás, a falta de desfecho) - que vergonha eu não saber o que dizer quando me perguntam do que ela morreu - porque me sinto estar fazendo papel de idiota. Uma completa idiota.

Tenho certeza disso porque há muitas mentiras envolvidas nisso tudo. Se tudo não passasse de uma fatalidade, se não houvesse algum erro ou culpado, porque a mentira sobre a demora do laudo, porque a mentira sobre o que constava no resultado da necropsia, porque não querer falar comigo, me evitar, não querer me explicar o que houve? Muito simples mentir que o laudo não fica pronto só para o tempo passar e achar que então eu assim enterraria o assunto. Não vou enterrar, exijo respostas. Muitas!

Como é difícil para o ser humano assumir um erro. Qual é o medo? Eu tenho mais medo da minha consciência, da minha culpa. E, muitas pessoas, simplesmente mentem para os outros, enganam, tentam esconder por medo de algo que não sei o quê. E eu, como fico? Fico mal, doente, depressiva, com vergonha, humilhada por todos verem que estou sendo feita de idiota. É patético.

Além desse papelão, da vergonha, da depressão pela tristeza. Agora estou amargando as dívidas que fiz em dois meses, de quase R$ 6 mil. Agora não consigo pagar meus cartões de crédito e as dívidas aumentam cada vez mais... os juros e juros e juros. E isso tudo me deixa sem dormir, de preocupação, de como vou fazer...

Eu tinha tanta esperança que ela estaria boa aqui comigo, correndo novamente, me dando e recebendo muito amor, muita alegria...

Eu sofro muito sem a Nina. Ela era tudo para mim. Era minha filha!

Bem, sábado ela completaria seis anos. Teria festinha novamente. Eu fiquei sem fazer festa nos 4  e nos 5 anos. Esse ano teria novamente. Tadinha! Ela teria um divã, ela estaria na nova casa, na suíte só dela.
Quantas promessas não cumpridas, quantos sonhos não realizados.
Quanta esperança e mentira. Eu prometi a ela que ela ficaria bem, de volta aqui conosco.
Céus, pobre da minha bichinha!!!!

Saudade e amor imensos. Revolta incontrolável do fato e, principalmente, de terem e estarem me fazendo de idiota. Mas, ao menos, esse comportamento só prova o quão culpadas são essas pessoas que trataram a pobrezinha para um monte de doença que não tinha e a deixaram morrer de algo que ela nunca foi tratada.
Sem falar que ela morreu por pura negligência de estagiários, que deixaram a tadinha se engasgar...
Mas como provar isso? Nem ao menos um atestado de óbito foi entregue.

Eu estou desesperada.
Doente
Triste
Humilhada
Infeliz
Depressiva

Eu tenho muita raiva. Mas muito amor e saudade da minha menina pequenina, tudo ainda me lembra ela
Eu ainda choro, todos os dias, noites...

A única coisa que tenho de fazer é pedir desculpa por ter errado tanto, digo, ter feitas escolhas tão erradas
Que desespero!!!

Tomara que um dia passe. Tomara que algum dia alguém tenha coragem de assumir ou me esclarecer algo. Dizer o que aconteceu...
Mas duvido, a raça humana é a pior.

Lamentável

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